Rita Lee foi uma das maiores artistas brasileiras, conhecida por sua voz única, composições marcantes e irreverência. Mas você sabia que ela também foi uma defensora dos direitos dos animais e uma das principais vozes do veganismo e vegetarianismo no Brasil?

Um pouco da História de vida de Rita Lee
Rita Lee Jones Carvalho, mais conhecida como Rita Lee, nasceu em São Paulo, em 1947. Sua mãe era cantora de jazz e seu pai, engenheiro químico. Desde jovem, ela mostrou interesse pela música e começou a tocar violão aos 14 anos de idade.
Sua carreira na música teve início em 1966, quando ela se juntou à banda Os Mutantes, formada pelos irmãos Arnaldo Baptista e Sérgio Dias. A banda fez sucesso rapidamente e se tornou uma das mais importantes do movimento tropicalista, que estava revolucionando a música brasileira na época.
Em 1972, Rita Lee deixou Os Mutantes para seguir em carreira solo. Ela lançou seu primeiro álbum, “Build Up”, no mesmo ano, que incluía sucessos como “Agora é Moda” e “José”. A partir daí, ela lançou uma série de discos de sucesso, incluindo “Fruto Proibido” (1975), “Babilônia” (1978) e “Rita Lee e Roberto de Carvalho” (1980).
Ao longo de sua carreira, Rita Lee experimentou diversos estilos musicais, incorporando elementos de rock, pop, MPB, funk e diversos outros gêneros. Suas músicas eram conhecidas por sua irreverência, ironia e humor, e muitas delas se tornaram clássicos da música brasileira.
Fora da música, Rita Lee também foi uma defensora dos direitos dos animais e uma das principais vozes do veganismo e vegetarianismo no Brasil. Ela sempre se posicionou a favor do fim da exploração animal na indústria alimentícia e em outras áreas, divulgando informações sobre a crueldade com os animais e o impacto ambiental da criação em massa de animais para consumo.
Rita Lee foi uma das artistas mais importantes da música brasileira, deixando um legado musical e ativista que inspirou muitos durante sua vida e continuará inspirando gerações futuras.

Como começou a relação entre Rita Lee e o Vegetarianismo
A relação de Rita Lee com o vegetarianismo e os direitos dos animais teve início na década de 1980, quando ela se mudou para a cidade de Juquehy, no litoral de São Paulo. Na época, ela começou a criar animais em sua propriedade, incluindo vacas, cabras e galinhas, e passou a ter uma visão mais consciente sobre a relação entre humanos e animais.
Foi nesse período que ela se tornou vegetariana, adotando uma dieta livre de carne e incentivando outras pessoas a fazer o mesmo. Em uma entrevista para a revista Galileu em 2016, ela disse:
“Eu me tornei vegetariana por causa dos animais, simples assim. Eu não queria mais contribuir para o sofrimento deles”.
Ao longo dos anos, Rita Lee se tornou uma defensora ativa dos direitos dos animais, denunciando a crueldade na indústria alimentícia e em outras áreas, como os testes em animais na indústria cosmética. Ela também promoveu o veganismo como uma forma de reduzir o impacto ambiental e melhorar a saúde das pessoas.
Em suas redes sociais, Rita Lee sempre compartilhava informações sobre o veganismo e vegetarianismo, além de histórias sobre animais resgatados e organizações que trabalham em prol dos direitos dos animais. Ela também participou de eventos e campanhas em defesa dos animais, como a campanha “Segunda Sem Carne”, que incentiva as pessoas a adotarem uma alimentação sem carne pelo menos um dia por semana.
A relação de Rita Lee com o vegetarianismo e os direitos dos animais foi uma parte importante de sua vida e de seu legado, inspirando muitos a adotarem um estilo de vida mais consciente e compassivo em relação aos animais e ao meio ambiente.
Rita Lee era vegetariana ou vegana?
Rita Lee era vegetariana há mais de 30 anos e adotou esse estilo de vida por uma questão ética, em defesa dos direitos dos animais e do meio ambiente. Ela acreditava que os animais não deveriam ser explorados para consumo humano e, por isso, evitava consumir carne, laticínios e outros produtos de origem animal.
Embora muitas pessoas confundam o vegetarianismo com o veganismo, são dois estilos de vida distintos. Enquanto o vegetarianismo exclui apenas as carnes no caso do ovolactovegetarianismo, ou todos os alimentos de origem animal no caso do vegetarianismo estrito, o veganismo exclui todos os produtos de origem animal, incluindo ovos, leite, mel e outros alimentos que possam ter sido produzidos com a exploração animal, bem como roupas, produtos de limpeza e higiene e entre outros produtos e serviços que possam contribuir para a exploração animal.
Embora não seja possível afirmar com certeza se Rita Lee era vegana, é possível que ela tenha adotado uma alimentação vegana em algum momento de sua vida. Em diversas entrevistas, ela se mostrou favorável ao veganismo e à redução do consumo de produtos de origem animal.
Em uma entrevista para a revista Galileu em 2016, ela afirmou que “o veganismo é um movimento muito forte e importante” e que, embora ela ainda consumisse alguns laticínios, estava cada vez mais perto de se tornar vegana. Em outra entrevista, para a revista Veja em 2018, ela disse que estava tentando adotar uma dieta vegana e que estava se esforçando para encontrar opções de alimentos que não incluíssem produtos de origem animal.
Independentemente de ser vegetariana ou vegana, a relação de Rita Lee com o vegetarianismo e os direitos dos animais foi uma parte importante de sua vida e de seu legado. Ela foi uma defensora ativa da alimentação consciente e da redução do consumo de produtos de origem animal, inspirando muitos a adotarem um estilo de vida mais compassivo e sustentável.
Além dos direitos dos animais: as outras causas abraçadas por Rita Lee
Além dos direitos dos animais, Rita Lee defendia diversas outras causas ao longo de sua vida, muitas vezes usando sua influência para conscientizar as pessoas sobre questões importantes e atuar em prol do bem-estar coletivo. Algumas das causas que ela defendia incluem:
Meio ambiente: Rita Lee era uma defensora ativa da preservação do meio ambiente e da natureza, e se posicionava frequentemente contra a degradação do meio ambiente causada pela ação humana. Ela já afirmou em entrevistas que, desde a infância, sempre teve um forte senso de conexão com a natureza e que essa relação era muito importante para ela.
Direitos LGBTQIA+: Rita Lee sempre foi uma apoiadora da comunidade LGBTQIA+, e suas músicas muitas vezes abordavam temas relacionados à sexualidade e à diversidade. Ela sempre se posicionou a favor da igualdade de direitos e respeito às diferenças.
Saúde mental: A cantora sempre foi uma grande defensora da saúde mental e da importância de se cuidar emocionalmente. Em suas músicas, ela abordava temas como ansiedade, depressão e outros problemas emocionais, ajudando a conscientizar as pessoas sobre a importância de cuidar da saúde mental.
Democracia: Em tempos de regimes autoritários no Brasil, Rita Lee se posicionou em defesa da democracia e dos direitos civis. Ela se juntou a outros artistas e intelectuais na luta contra a censura e a repressão, e apoiou movimentos pela liberdade de expressão e pela defesa dos direitos humanos.
Essas são apenas algumas das causas que Rita Lee defendia em sua vida e em sua carreira. Sua voz foi e continuará sendo uma inspiração para muitos que lutam por um mundo mais justo, inclusivo e compassivo.
O lado escritora de Rita Lee: uma artista que também deixou sua marca na literatura
Além de cantora, Rita Lee também se aventurou no mundo da literatura, tendo publicado alguns livros ao longo de sua vida. Suas obras apresentam uma linguagem irreverente e bem-humorada, com uma abordagem única e muito pessoal.
Em 2013, Rita Lee lançou sua autobiografia “Rita Lee: Uma Autobiografia“, escrita em parceria com o jornalista Guilherme Samora. O livro apresenta a história de sua vida desde a infância até a época em que foi escrito, com diversas histórias e curiosidades sobre sua carreira na música e em outras áreas.
“Rita Lee: Uma Autobiografia” se tornou um sucesso de vendas, e foi muito elogiado pela crítica e pelos fãs da cantora, que elogiaram a sinceridade e o humor com que Rita Lee conta sua história. No livro, ela fala sobre sua infância em São Paulo, sua trajetória na música, seus casamentos, filhos, polêmicas e muito mais.
Outra obra importante de Rita Lee é “Amiga Ursa – Uma História Triste, Mas Com Final Feliz“, um livro infantil escrito em parceria com o ilustrador Laerte Coutinho. A obra conta a história de uma ursa polar que é resgatada por um grupo de ambientalistas e levada para um santuário de animais. A partir daí, a ursa começa a se recuperar e a conhecer outros animais, aprendendo a conviver em harmonia com a natureza.
“Amiga Ursa” é uma obra delicada e emocionante, que traz mensagens importantes sobre a preservação do meio ambiente e o respeito aos animais. O livro também foi muito elogiado pela crítica e pelo público infantil, se tornando um sucesso de vendas.
Recentemente, em 2023, Rita Lee lançou mais um livro autobiográfico intitulado “Rita Lee: Outra autobiografia”, que promete trazer novas histórias e curiosidades sobre a vida da cantora.
Em “Rita Lee: Outra autobiografia”, a cantora conta sobre suas experiências mais recentes, como sua vida após o diagnóstico de câncer. O livro também apresenta reflexões sobre sua carreira na música e suas opiniões sobre assuntos atuais.
Assim como em sua primeira autobiografia, Rita Lee apresenta um relato sincero e irreverente sobre sua vida, mostrando mais uma vez sua habilidade como escritora. O livro será lançado em 22 de maio de 2023.
Com esse novo lançamento, Rita Lee mostra que sua criatividade e talento não se limitam apenas à música, mas também se estendem à literatura, consolidando sua posição como uma artista multifacetada e de grande importância na cultura brasileira.
Em resumo, as obras de Rita Lee como escritora mostram sua habilidade como escritora e a capacidade de transmitir sua personalidade irreverente e bem-humorada também para o mundo da literatura.
A despedida de Rita Lee e seu legado na música e na sociedade
Infelizmente, no dia 8 de maio de 2023, Rita Lee nos deixou. Sua morte deixou um vazio no mundo da música e na cultura brasileira como um todo. Rita foi uma artista completa, que deixou um legado inestimável para a música brasileira e inspirou diversas gerações de artistas.
Além de sua música, Rita Lee também foi uma defensora incansável dos direitos dos animais e uma voz ativa na luta pela preservação do meio ambiente. Sua influência vai além do mundo da música, e seu engajamento em causas sociais e ambientais inspirou muitas pessoas a também lutar por um mundo melhor.
Rita Lee foi uma artista única, irreverente e autêntica, que sempre se mostrou à frente de seu tempo. Seu legado é eterno, e sua música continuará a ser ouvida e apreciada por muitos anos. Fica aqui nossa homenagem a essa grande artista que marcou a história da música brasileira e que certamente fará muita falta.